Nova York, 17 de fevereiro de 2006 – O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) solicitou, hoje, que sejam investigados dois incidentes nos quais dois jornalistas foram mortos à bala esta semana no Equador. Não está claro se em ambos os casos os jornalistas morreram no cumprimento de seu trabalho jornalístico.
Segunda-feira, o radialista José Luís León foi assassinado na cidade costeira de Guayaquil. León, apresentador do programa diário de notícias “Opinión” na emissora local Radio Minutera, denunciava freqüentemente a violência das gangues e a falta de ação da polícia em Guayaquil, contou ao CPJ o jornalista Alejandro Álvarez, do diário El Universo.
A esposa e a filha de León encontraram seu corpo próximo de casa na última terça-feira. León recebeu três tiros, mas nada foi roubado, informou o El Universo.
León havia recebido telefonemas anônimos na Radio Minutera advertindo-o que, se continuasse informando sobre a ação das gangues, teria graves conseqüências. O jornalista criticava, em particular, as gangues do distrito Bastión Popular, onde vivia, afirmou Álvarez. A polícia local está investigando o assassinato, mas nenhum comentário foi feito sobre os possíveis motivos.
Menos ainda se sabe sobre as circunstâncias do homicídio do fotógrafo independente Raúl Suárez Sandoval, que foi assassinado a tiros na terça-feira, em Durán, uma cidade próxima a Guayaquil.
“Instamos as autoridades a conduzir uma investigação exaustiva e oportuna sobre os dois assassinados e levar à justiça os responsáveis”, disse a Diretora-executiva do CPJ, Ann Cooper.