Nova York, 23 de setembro de 2005 – O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) está sumamente preocupado com o estado de saúde do jornalista preso Víctor Rolando Arroyo. Ele começou uma greve de fome há duas semanas e atualmente está no hospital da prisão, informou ao CPJ Blanca Arroyo, sua irmã. Arroyo se recusa a comer em protesto pelos maus tratos na prisão Provincial de Guantánamo, leste de Cuba, onde cumpre uma sentença de 26 anos. Arroyo é um dos 25 jornalistas independentes atualmente presos em Cuba.
Elsa González, esposa de Arroyo, se inteirou da greve de fome por familiares de outros dissidentes presos em Guantánamo, disse Blanca ao CPJ. González viajou centenas de quilômetros desde sua residência, em Pinar del Rio, na quarta-feira e ainda não teve permissão para visitar seu marido. Segundo outros dissidentes presos, que viram o jornalista e passaram informações à família, Arroyo está muito debilitado e possivelmente desidratado. González não vê o marido há quatro meses.
“Estamos muito preocupados com o estado de saúde de nosso colega e pelo tratamento humilhante a seus familiares”, sustentou a Diretora-executiva do CPJ, Ann Cooper. “Reiteramos nossas demandas ao governo cubano para que liberte os 24 jornalistas presos incondicionalmente”.
Arroyo, 55, jornalista da agência noticiosa independente Unión de Periodistas y Escritores de Cuba Independientes (UPECI), foi sentenciado em abril de 2003 por cometer ações que “buscam subverter a ordem interna da Nação e destruir seu sistema político, econômico e social”.