Grupos criminosos exerceram extraordinária pressão sobre a imprensa na medida em que estendiam seu controle sobre praticamente todos os setores da sociedade. Jornalistas foram mortos ou desapareceram, e meios de comunicação foram bombardeados e ameaçados. Uma consequência devastadora desse clima foi a autocensura generalizada. Nesse vácuo informativo, os jornalistas e a população aumentaram o uso de redes sociais para informar suas comunidades. O assassinato de uma repórter de Nuevo Laredo foi o primeiro caso documentado pelo CPJ no qual uma pessoa foi morta em represália direta por seu trabalho jornalístico em redes sociais. Ao menos três jornalistas receberam asilo político nos Estados Unidos e Canadá, e vários outros procuraram refúgio em outros países. Várias importantes organizações de mídia realizaram acordo sobre um código profissional definindo protocolos para jornalistas em risco e se comprometeram a não servir de ferramenta de propaganda para os criminosos. Mas o governo do presidente Felipe Calderón Hinojosa não conseguiu implantar reformas efetivas. Apesar dos esforços para revitalizar a promotoria especial para crimes contra a liberdade de expressão, a violência contra a imprensa continuou praticamente impune. O novo programa do governo para a proteção de jornalistas foi considerado majoritariamente ineficaz. E apesar de a Câmara dos Deputados ter aprovado um projeto de lei para federalizar os crimes contra a imprensa, a legislação continuava pendente até o fim do ano.
Grupos criminosos exerceram extraordinária pressão sobre a imprensa na medida em que estendiam seu controle sobre praticamente todos os setores da sociedade. Jornalistas foram mortos ou desapareceram, e meios de comunicação foram bombardeados e ameaçados. Uma consequência devastadora desse clima foi a autocensura generalizada. Nesse vácuo informativo, os jornalistas e a população aumentaram o uso de redes sociais para informar suas comunidades. O assassinato de uma repórter de Nuevo Laredo foi o primeiro caso documentado pelo CPJ no qual uma pessoa foi morta em represália direta por seu trabalho jornalístico em redes sociais. Ao menos três jornalistas receberam asilo político nos Estados Unidos e Canadá, e vários outros procuraram refúgio em outros países. Várias importantes organizações de mídia realizaram acordo sobre um código profissional definindo protocolos para jornalistas em risco e se comprometeram a não servir de ferramenta de propaganda para os criminosos. Mas o governo do presidente Felipe Calderón Hinojosa não conseguiu implantar reformas efetivas. Apesar dos esforços para revitalizar a promotoria especial para crimes contra a liberdade de expressão, a violência contra a imprensa continuou praticamente impune. O novo programa do governo para a proteção de jornalistas foi considerado majoritariamente ineficaz. E apesar de a Câmara dos Deputados ter aprovado um projeto de lei para federalizar os crimes contra a imprensa, a legislação continuava pendente até o fim do ano.
Condenações por assassinato
O CPJ apurou que Maria Elizabeth Macías Castro, Luis Emanuel Ruiz Carrillo, e Noel López Olguín foram assassinados em retaliação direta por seu trabalho. Outros quatro jornalistas foram mortos em circunstâncias ainda não esclarecidas. O CPJ continua investigando para determinar se os motivos estão vinculados ao exercício da profissão.
O redator Marco Antonio López Ortiz foi sequestrado em junho, em Acapulco, enquanto o repórter policial Manuel Gabriel Fonseca Hernández desapareceu em Acayucán em setembro. Nos últimos anos, o México está entre os países com o maior número de jornalistas desaparecidos.
Jornalistas desparecidos no México nos últimos anos:
A promotoria especial para crimes contra a liberdade de expressão foi reestruturada em 2010 e colocada nas mãos de um novo promotor, Gustavo Salas Chávez, em um esforço para melhorar o histórico de ineficácia. No entanto, essa nova estrutura não obteve nenhum êxito imediato na imposição da justiça nos casos de assassinatos de jornalistas.
O Índice de Impunidade do CPJ revelou que o México está entre os piores países do mundo no combate à violência fatal contra a imprensa, com ao menos 13 assassinatos não solucionados na última década.
1. Iraque 2. Somália 3. Filipinas 4. Sri Lanka | 5. Colômbia 6. Afeganistão 7. Nepal 8. México | 9. Rússia 10. Paquistão 11. Bangladesh 12. Brasil | 13. Índia |
O novo programa do governo de proteção a jornalistas ameaçados foi considerado ineficaz e cercado de rivalidades burocráticas. Apenas oito jornalistas haviam recebido auxílio até outubro de 2011, e a maioria afirmou que a proteção era inadequada.
Análise do programa:
Centenas: Inscrições previstas para o programa.
8: Jornalistas inscritos.
5: Jornalistas inscritos que afirmaram que a proteção foi ineficaz.
11 milhões de pesos (US$840.000): Orçamento do primeiro ano para o programa de proteção, de acordo com as cifras oficiais.