Atirador não identificado mata fotógrafo peruano em Lima

Bogotá, Colômbia, 25 de fevereiro de 2013-As autoridades peruanas devem imediatamente determinar o motivo por trás do assassinato de um jornalista no sábado e levar os responsáveis à justiça, declarou hoje o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Luis Choy, 39, fotógrafo do El Comercio, um dos principais jornais peruanos, foi morto a tiros diante de sua casa em Lima, segundo as informações da imprensa. Testemunhas disseram à polícia que Choy estava saindo de casa quando um homem não identificado o persuadiu a sair de seu carro. As testemunhas disseram que ambos conversaram rapidamente antes que o homem disparasse duas vezes no abdômen e uma vez na cabeça de Choy, de acordo com as reportagens. O atirador fugiu do local em um veículo que o aguardava, segundo o noticiado.

O pistoleiro não roubou o carro de Choy nem uma grande soma em dinheiro que foi encontrada nos bolsos do jornalista, segundo os relatos da imprensa. Choy também vendia carros, e havia colocado à venda seu próprio automóvel, segundo as reportagens. Antonieta Sandoval, mãe de Choy, disse à RPP radio network na capital que o atirador havia enganado seu filho, fingindo ser um cliente interessado em comprar um carro.

As reportagens não informaram se Choy havia realizado a cobertura de questões relacionadas a crime ou corrupção antes de sua morte.

Cesar Cortijo, diretor de investigações criminais da polícia, disse em uma conferência de imprensa no domingo que as autoridades ainda não haviam determinado um motivo para o crime. “Eles o queriam morto. Isso não foi uma tentativa de assalto”, disse ele. Raúl Salazar, chefe da polícia nacional do Peru, anunciou que uma unidade especial de polícia estava sendo formada para investigar o assassinato.

“A polícia em Lima deve trabalhar de forma minuciosa e eficiente para determinar o motivo do homicídio de Luis Choy e levar os responsáveis à justiça”, disse em Nova York o subdiretor do CPJ, Robert Mahoney.

O assassinato de Choy é o mais recente de uma série de homicídios. Lima está em meio a uma onda de crimes – o número de assassinatos e sequestros mais do que dobrou desde 2000, segundo as estatísticas divulgadas pelo governo. O ministro do Interior, Alfredo Pedraza,  anunciou na segunda-feira que um efetivo adicional de 1.000 policiais começaria a patrulhas as ruas de Lima.

Para mais informações sobre o Peru, veja  Ataques à Imprensa do CPJ.