Por volta das 21h00, um homem entrou no restaurante onde Pedrosa estava e atirou em sua cabeça, informou a imprensa brasileira. Segundo o Diário de Pernambuco, o indivíduo disparou quatro vezes contra Pedrosa, mas apenas uma bala o atingiu, matando o jornalista imediatamente. O pistoleiro fugiu em uma moto dirigida por uma pessoa que o esperava do lado de fora do restaurante, noticiou a imprensa.
Pedrosa, de 46 anos, apresentava o programa “Ação e Cidadania” na TV Vitória há sete anos e também trabalhava para a rádio Metropolitana FM. Segundo as informações da imprensa, Pedrosa era conhecido por sua cobertura crítica de grupos criminosos e autoridades municipais. O diário Jornal do Commercio de Pernambuco informou que Pedrosa havia recebido várias ameaças, mas nunca havia prestado queixa. O jornal não especificou o tipo de ameaças recebidas pelo radialista.
“Instamos as autoridades brasileiras a realizar uma investigação rápida e completa sobre o brutal assassinato de Luciano Pedrosa e a considerar seu trabalho informativo como possível motivo”, declarou Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do CPJ. “As autoridades devem garantir que os responsáveis pelo crime sejam processados e que os jornalistas críticos possam trabalhar sem temer por suas vidas”.
O motivo do assassinato ainda não foi estabelecido, destacou a imprensa local. Segundo a delegada Maria Bethânia Tavares, no momento do ataque o agressor anunciou que se tratava de um assalto, de acordo com as informações da imprensa. Entretanto, Tavares disse que vínculos com seu trabalho informativo não haviam sido descartados, dada a natureza crítica dos programas de Pedrosa. O jornalista era um duro crítico do governo municipal, uma terceira linha que está sendo investigada, informou o Diário de Pernambuco.
O assassinato de Pedrosa foi o segundo ataque a tiros contra um jornalista brasileiro documentado este ano pelo CPJ. No final de março, o crítico blogueiro Ricardo Gama foi gravemente ferido na cabeça, pescoço e peito quando um pistoleiro o alvejou enquanto ele caminhava por sua vizinhança no Rio de Janeiro.