Pacheco, de 33 anos, jornalista do semanário Visión Informativa, foi atingido várias vezes por uma arma de pequeno calibre e seu corpo foi abandonado às margens de uma estrada em uma zona rural, de acordo com as informações da imprensa. Membros de sua família identificaram o corpo no sábado, segundo a imprensa mexicana. O CPJ está investigando se a morte de Pacheco está relacionada com seu trabalho jornalístico.
Pacheco é o segundo jornalista assassinado em Guerrero este ano. Em 29 de janeiro, Jorge Ochoa Martínez, proprietário do semanário El Oportuno e do jornal quinzenal El Sol de la Costa, foi morto a tiros após deixar a festa de um político local. Na semana passada, a procuradoria do estado acusou dois homens pelo assassinato de Ochoa, ocorrido durante o que as autoridades descreveram como uma discussão de rua.
“Estamos abalados com o assassinato de Pacheco e a onda de violência no estado, que está inibindo seriamente a capacidade de os jornalistas de Guerrero cumprirem sua tarefa informativa”, declarou o coordenador sênior do programa das Américas do CPJ, Carlos Lauría. “As autoridades mexicanas devem realizar uma investigação completa, julgar os responsáveis e assegurar que a imprensa possa trabalhar sem temor a represálias em Guerrero”.
Guerrero é um dos estados afetados pelos confrontos entre cartéis do narcotráfico. A violência provocou a morte de mais de 15 pessoas durante o fim de semana no estado, segundo a imprensa. Jornalistas locais disseram ao CPJ que os cartéis controlam partes significativas do estado.
O México também é um dos países mais perigosos para a imprensa no mundo atualmente, demonstra a pesquisa do CPJ. Desde 1992, 44 jornalistas – incluindo Pacheco – foram assassinados no país. Ao menos 19 deles foram mortos em represália por seu trabalho, segundo a investigação do CPJ. Outros oito desapareceram desde 2005.