No México, quatro indivíduos são sentenciados por assassinato cometido em 2004

Nova York, 7 de abril de 2008 – Quatro indivíduos foram sentenciados a 11 anos de prisão cada um pelo assassinato do fotógrafo mexicano Gregorio Rodríguez Hernández, ocorrido em novembro de 2004. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) saúda as condenações como um passo importante na luta contra a impunidade em ataques contra a imprensa.

O juiz Daniel Armenta Rentería condenou o ex-chefe de polícia de Escuinapa, Abel Enríquez Zavala, sob a acusação de ter atuado como intermediário entre o mandante do crime e seus autores materiais, assinalou o secretário do juizado, Juan Carlos López. Pedro Salas Franco, Francisco Pineda Sarmiento e Elías Alvarez González foram condenados como autores materiais, acrescentou López. Os investigadores não detalharam publicamente o motivo ou identificaram o autor intelectual do assassinato.

“Aplaudimos as condenações como um passo importante no combate contra a impunidade nos assassinatos de jornalistas”, disse o Diretor Executivo do CPJ, Joel Simon. “Instamos as autoridades estaduais e federais a encontrarem o autor intelectual do crime para que seja feita justiça pelo assassinato de Gregorio Rodríguez”.

Rodríguez foi baleado em frente a sua família em uma cafeteria da cidade de Escuinapa, em 28 de novembro de 2004. O fotógrafo, de 35 anos, trabalhava para a edição de Mazatlán do diário El Debate.

Indivíduos armados se aproximaram de Rodríguez quando o fotografo lanchava com sua mulher e seus filhos, de 3 e 6 anos de idade, segundo a The Associated Press e outros relatos da imprensa. Segundo os informes, ele foi atingido por pelo menos cinco tiros.

Apesar de López ter afirmado que a investigação não conseguiu estabelecer o motivo do crime, um colega da vítima disse ao CPJ que acredita que o assassinato foi em represália direta ao trabalho de Rodríguez. O colunista político Fernando Zepeda disse que Rodríguez havia tirado fotos de funcionários locais, inclusive do ex-chefe policial Enríquez, com supostos narcotraficantes. Os quatro condenados apelaram das sentenças, segundo as informações da imprensa local.