Nova York, 28 de janeiro de 2005 – O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) está preocupado com o desaparecimento de um fotografo colombiano que, supõem-se, foi seqüestrado. No sábado, 22 de janeiro de 2005, Hernán Echeverri Arboleda, um fotógrafo do jornal quinzenal Urabá Hoy, desapareceu em uma estrada rural no noroeste da Colômbia.
Supostos integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) teriam seqüestrado o fotógrafo por volta das 17h00, segundo informou o exército colombiano. Jairo Banquett Páez, diretor da publicação, afirmou ao CPJ que Echeverri havia viajado a Medellín para visitar seu neto e sua mulher. Ainda segundo Banquett, no caminho Echeverri estava distribuindo exemplares da última edição de Urabá Hoy.
Echeverri levava sua câmera, sua credencial de imprensa e um colete de fotógrafo, assim como exemplares do jornal quando foi supostamente seqüestrado, disse Banquett. A edição de dezembro deu extensa cobertura à desmobilização da força paramilitar de direita, Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), na região.
A imprensa local informou que o exército iniciou operações para tentar o resgate do fotógrafo. No passado, as FARC já reconheceram o seqüestro de jornalistas, ainda que, até o momento, não tenham dito nada sobre Echeverri.
Urabá Hoy é um pequeno jornal regional sediado na cidade de Apartadó.
Echeverri, de 64 anos de idade, também é sócio investidor no jornal, disse Banquett ao CPJ. O fotógrafo trabalha, também, para uma organização sem fins lucrativos e foi candidato a conselheiro municipal em Apartadó nas eleições de outubro de 2003.
Os grupos armados da Colômbia estão combatendo em meio a uma guerra civil que já dura mais de 40 anos.