Ataque à Imprensa em 2012: El Salvador

Os jornalistas sentiram o efeito da violência generalizada das gangues. A equipe do site de notícias El Faro foi  intimidada, depois de escrever sobre uma rede criminosa que implicava empresários e políticos, e após revelar as negociações secretas entre o governo e as gangues. Pessoas não identificadas seguiram e fotografaram jornalistas do El Faro, disse o editor Carlos Dada. O ministro da segurança David Munguía Payés reconheceu que os jornalistas de fato corriam risco, mas inicialmente se recusou a fornecer qualquer proteção. O caso também expôs fissuras na solidariedade entre a imprensa salvadorenha, uma vez que foram poucos os jornalistas que inicialmente saíram em defesa do El Faro. Em todo o país, as taxas de homicídio aparentemente caíram depois que o governo negociou uma trégua com os grupos criminosos, mas alguns funcionários comentaram que simultaneamente aumentou o número de desaparecidos. Apesar da violência social generalizada, assassinatos de jornalistas não são comuns em El Salvador. A pesquisa do CPJ mostra que as autoridades, que em maio obtiveram a condenação do assassino de um cinegrafista em 2011, mostram um bom desempenho no combate à violência letal contra a imprensa.

El Salvador

Principais acontecimentos

» Site de notícias é intimidado depois de divulgar negociações secretas entre governo e gangues.

» Numa vitória contra a impunidade, promotoria obtém condenação em caso de assassinato de jornalista.

Os jornalistas sentiram o efeito da violência generalizada das gangues. A equipe do site de notícias El Faro foi  intimidada, depois de escrever sobre uma rede criminosa que implicava empresários e políticos, e após revelar as negociações secretas entre o governo e as gangues. Pessoas não identificadas seguiram e fotografaram jornalistas do El Faro, disse o editor Carlos Dada. O ministro da segurança David Munguía Payés reconheceu que os jornalistas de fato corriam risco, mas inicialmente se recusou a fornecer qualquer proteção. O caso também expôs fissuras na solidariedade entre a imprensa salvadorenha, uma vez que foram poucos os jornalistas que inicialmente saíram em defesa do El Faro. Em todo o país, as taxas de homicídio aparentemente caíram depois que o governo negociou uma trégua com os grupos criminosos, mas alguns funcionários comentaram que simultaneamente aumentou o número de desaparecidos. Apesar da violência social generalizada, assassinatos de jornalistas não são comuns em El Salvador. A pesquisa do CPJ mostra que as autoridades, que em maio obtiveram a condenação do assassino de um cinegrafista em 2011, mostram um bom desempenho no combate à violência letal contra a imprensa.



  • 3

    Mortos desde 1992
  • 1

    Condenação por assassinato
  • 18 %

    Alcance da Internet
  • 30

    Chefes de gangue transferidos
 

Três jornalistas foram assassinados desde 1992 em represália direta por suas  reportagens. Dois outros foram mortos em circunstâncias ainda não esclarecidas e o CPJ continua investigando.


Um olhar mais atento aos casos de homicídio em El Salvador:

67 por cento

Supostamente cometidos por grupos criminosos

67 por cento

Vítimas que cobriram crimes
 

Um tribunal julgou o conhecido membro de gangue Jonathan Alexander Martínez Castro culpado  de assassinar o cinegrafista Alfredo Antonio Hurtado Núñez em 2011. As autoridades disseram que  Hurtado foi alvo da gangue por sua cobertura das operações policiais contra criminosos.


Detalhes do Caso:

30

anos a que Martínez foi sentenciado à prisão

1

suspeito de assassinato ainda à solta
 

O crescimento do El Faro triplicou a expansão da Internet no país nos últimos cinco anos, de acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Alcance da Internet na região, de acordo com a UIT:
 

O El Faro informou que 30 líderes de gangue foram transferidos para prisões de baixa segurança como parte das negociações entre o governo e os grupos criminosos. Os membros das gangues concordaram em reduzir os homicídios em troca de melhores condições carcerárias.


Detalhes da violência:

66

Homicídios por 100.000 pessoas, de acordo com um relatório da ONU de 2011. O índice foi o segundo mais alto no mundo

57 por cento

Declínio anunciado no índice de assassinatos duas semanas após a trégua.

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Cobertura Importante em 2012
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