A liberdade de imprensa no México, apesar do novo presidente, continuou em clima de perigo. Embora o presidente Enrique Peña Nieto tenha aprovado uma medida adotada no final do mandato de Felipe Calderón que amplia a jurisdição das autoridades federais para investigar crimes contra a liberdade de expressão, a procuradoria especial oficial encarregada de cuidar de tais casos ficou protelando o exercício de suas novas incumbências. Finalmente, em agosto, o procurador pegou oficialmente seu primeiro caso, embora não tenha acusado ou processado ninguém por assassinato de jornalista no último ano. Enquanto isso, a imprensa continuou a ser violentamente visada durante as batalhas entre traficantes e policiais e militares pelo país. Os meios de comunicação foram atacados, organizações pela liberdade de imprensa ameaçadas, e repórteres sequestrados. Pelo menos três jornalistas foram mortos em 2013 sob circunstâncias obscuras. Diante de tal violência, os meios de comunicação em regiões controladas pelos traficantes apelaram para a autocensura. Seguindo os passos de outros meios sitiados, o jornal Zócalo de Saltillo, publicou um editorial avisando que não mais cobriria o crime organizado, com o fim de proteger seu pessoal. A cidade do México, há muito tempo considerada um refúgio da violência que ocorre no resto do país, viu-se invadida pelo rime organizado. Quatro jornalistas que cobriam os protestos contra a reforma educacional foram encarcerados, e dois deles ficaram detidos por cinco dias antes de serem soltos após pagamento de uma fiança exorbitante, segundo reportagens. Analistas da mídia aplaudiram o projeto de lei de comunicações, que iria aumentar a competição e aumentar a disponibilidade de propriedade dos meios de comunicação audiovisuais.
México
» Em meio a um clima de impunidade, as autoridades falham nas investigações em casos-chave.
» A federalização de crimes contra a imprensa se tornou oficial, mas o cumprimento é lento.
A liberdade de imprensa no México, apesar do novo presidente, continuou em clima de perigo. Embora o presidente Enrique Peña Nieto tenha aprovado uma medida adotada no final do mandato de Felipe Calderón que amplia a jurisdição das autoridades federais para investigar crimes contra a liberdade de expressão, a procuradoria especial oficial encarregada de cuidar de tais casos ficou protelando o exercício de suas novas incumbências. Finalmente, em agosto, o procurador pegou oficialmente seu primeiro caso, embora não tenha acusado ou processado ninguém por assassinato de jornalista no último ano. Enquanto isso, a imprensa continuou a ser violentamente visada durante as batalhas entre traficantes e policiais e militares pelo país. Os meios de comunicação foram atacados, organizações pela liberdade de imprensa ameaçadas, e repórteres sequestrados. Pelo menos três jornalistas foram mortos em 2013 sob circunstâncias obscuras. Diante de tal violência, os meios de comunicação em regiões controladas pelos traficantes apelaram para a autocensura. Seguindo os passos de outros meios sitiados, o jornal Zócalo de Saltillo, publicou um editorial avisando que não mais cobriria o crime organizado, com o fim de proteger seu pessoal. A cidade do México, há muito tempo considerada um refúgio da violência que ocorre no resto do país, viu-se invadida pelo rime organizado. Quatro jornalistas que cobriam os protestos contra a reforma educacional foram encarcerados, e dois deles ficaram detidos por cinco dias antes de serem soltos após pagamento de uma fiança exorbitante, segundo reportagens. Analistas da mídia aplaudiram o projeto de lei de comunicações, que iria aumentar a competição e aumentar a disponibilidade de propriedade dos meios de comunicação audiovisuais.
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2
Investigações mal feitas -
1
Jornalista desaparecido -
7º
Classificação no Índice de Impunidade -
3
Jornalistas forçados a fugir, 2012-13
CPJ documentou pelo menos duas investigações mal feitas quanto às agressões a jornalistas que deixaram um morto e outro ferido. Surgiram graves irregularidades no caso de um homem condenado em abril pelo homicídio da correspondente da revista Processo, Regina Martínez Pérez. Dois meses mais tarde, a pena foi revogada. Em setembro, um juiz arquivou as acusações contra um dos atiradores implicados na tentativa de assassinato em 1997 contra o editor da revista Zeta, J. Jesús Blancornelas.
1 | Jornalista ameaçado depois de relatar sobre o assassinato de Regina Martínez Pérez. |
2 dos 3 | Juízes votaram pela revogação da pena de 38 anos de prisão imputada a um homem acusado de matar Martínez. Os juízes citaram irregularidades no caso. |
10 anos | foi o tempo que Marco Arturo Quiñones Sánchez passou preso acusado de agredir Blancornelas antes de os juízes arquivarem o caso. Investigações das autoridades e a Zeta o situavam na cena do crime. |
0 de 11 | Homens implicados em ordenar e executar o atentado a Blancornelas foram condenados. Quatro foram presos um ano mais tarde, por outros crimes, quatro morreram, e três fugiram, segundo a Zeta. |
Sergio Landa Rosado, que cobria a coluna criminal para o jornal local Diario Cardel no estado de Veracruz, foi dado como desaparecido em janeiro. Jornalistas locais contaram ao CPJ que o desaparecimento de Landa deixou claro que não poderiam cobrir as atividades do crime organizado. Disseram que acham que Landa havia sido sequestrado e morto.
A violência relacionada com o tráfico de drogas tornou o México um dos países mais perigosos do mundo para a imprensa, segundo pesquisa do CPJ. Mais de 50 jornalistas foram mortos ou desapareceram desde 2007.
O México está na sétima pior colocação no combate à violência mortal contra a imprensa, de acordo com pesquisa do CPJ. Com ao menos 15 assassinatos não resolvidos durante os últimos 10 anos, o México subiu na escala do Índice de Impunidade do CPJ, que visa países onde os jornalistas são mortos com frequência e os assassinos se ficam livres.
1. Iraque 2. Somália 3. Filipinas | 4. Sri Lanka 5. Colômbia 6. Afeganistão | 7. México 8. Paquistão 9. Rússia | 10. Brasil 11. Nigéria 12. Índia |
Com três jornalistas forçados a fugir de suas casas entre 1º de junho de 2012 e 31 de maio de 2013, o México se classificou entre os piores, na lista anual do CPJ de países que enviam seus jornalistas ao exílio. O México é um dos países mais perigosos do mundo para a imprensa, segundo pesquisa do CPJ. Mais de 50 jornalistas foram mortos ou desapareceram desde 2007.
9 | Irã |
8 | Somália |
6 | Etiópia |
5 | Síria |
3 | Eritreia |
3 | Sudão |
3 | Sri Lanka |
3 | México |
2 | Nigéria |
2 | Gâmbia |