Ataque à Imprensa em 2013: Honduras

A imprensa hondurenha continuou a enfrentar violência e intimidação enquanto o país lutava com o crime e ilegalidade generalizados. Jornalistas que cobriam temas sensíveis, como tráfico de drogas, corrupção do governo, e conflitos de terra, foram ameaçados e agredidos. Um conhecido apresentador de debates radiofônicos, Aníbal Barrow, foi sequestrado de seu carro e foi encontrado morto semanas depois. As autoridades disseram que estavam determinando se a morte estava relacionada ao trabalho do jornalista. Mas o clima de impunidade persiste em Honduras, com alegações de policiais envolvidos em corrupção e em formação de esquadrões da morte. Também vieram à tona alegações de jornalistas envolvidos em extorsão. Evitou-se um impasse entre as principais organizações da mídia do país e o presidente Porfirio Lobo sobre uma proposta de lei de telecomunicações, quando as partes concordaram que a imprensa iria regular o seu próprio conteúdo. O candidato do partido do governo, Juan Orlando Hernández, foi declarado vencedor nas eleições presidenciais, mas a segunda colocada, Xiomara Reyes de Castro, impugnou os resultados, trazendo à tona novamente a intensa polarização existente desde a deposição de seu marido num golpe de Estado em 2009.

Honduras

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS:

» Jornalistas são visados, em meio a um clima geral de violência desenfreada.

» Assassinatos ficam sem solução e os motivos continuam obscuros.

A imprensa hondurenha continuou a enfrentar violência e intimidação enquanto o país lutava com o crime e ilegalidade generalizados. Jornalistas que cobriam temas sensíveis, como tráfico de drogas, corrupção do governo, e conflitos de terra, foram ameaçados e agredidos. Um conhecido apresentador de debates radiofônicos, Aníbal Barrow, foi sequestrado de seu carro e foi encontrado morto  semanas depois. As autoridades disseram que estavam determinando se a morte estava relacionada ao trabalho do jornalista. Mas o clima de impunidade persiste em Honduras, com alegações de policiais envolvidos em corrupção e em formação de esquadrões da morte. Também vieram à tona alegações de jornalistas envolvidos em extorsão. Evitou-se um impasse entre as principais organizações da mídia do país e o presidente Porfirio Lobo sobre uma proposta de lei de telecomunicações, quando as partes concordaram  que a imprensa iria regular o seu próprio conteúdo. O candidato do partido do governo, Juan Orlando Hernández, foi declarado vencedor nas eleições presidenciais, mas a segunda colocada, Xiomara Reyes de Castro, impugnou os resultados, trazendo à tona novamente a intensa polarização existente desde a deposição de seu marido num golpe de Estado em 2009.



  • 80%

    Impunidade no assassinato de jornalistas
  • 60%

    Dos jornalistas assassinados receberam ameaças
  • 4

    Jornalistas de TV agredidos em 2013
  • 7,172

    Homicídios em 2012
 

Investigações negligentes e, em alguns casos, alegações de jornalistas envolvidos em desempenhos antiéticos, dificultam a determinação dos motivos dos assassinatos de jornalistas em Honduras. O radialista Aníbal Barrow foi sequestrado em junho, e seu corpo encontrado semanas mais tarde. Não foi identificado o motivo.


Assassinados desde 1992:

5 Motivos confirmados
16 Motivos não confirmados

 

Quase dois terços dos jornalistas assassinados com relação ao seu trabalho em Honduras desde 1992 foram ameaçados, de acordo com pesquisa do CPJ.

Os dados mostram que os assassinatos raramente são solucionados. Repórteres que cobrem crime, corrupção, e política têm sido particularmente vulneráveis às agressões.


Editorias cobertas por vítimas de assassinatos:*

60% Corrupção
60% Crime
40% Política
20% Negócios
20% Cultura

* Chega a mais de 100 por cento porque mais uma editoria se aplica em alguns casos.

 

Atiradores alvejaram a repórter do Globo Fidelina Sandoval e jornalistas do Litoral Atlántico Ramón Maldonado e Daniel Sánchez em dois atentados separados. O apresentador do Canal 12 Joel Coca foi agredido a pauladas e coronhadas.

Composição dos atentados:
 

Honduras continua ser uma das nações mais mortíferas do mundo, de acordo com um estudo feito em janeiro pelo Observatório da Violência, da Universidade Nacional Autônoma de Honduras.


Composição da taxa de homicídios:

85.5%

Homicídios por 100 mil habitantes

20

Média diária de homicídios

23.5%

Homicídios cometidos por assassinos
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Cobertura Importante em 2013
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