Policial faz patrulhamento em Tegucigalpa, Honduras. Em 11 de janeiro de 2019, a Suprema Corte hondurenha condenou o jornalista David Romero Ellner a 10 anos de prisão por acusações criminais de difamação. (Reuters/Jorge Cabrera)
Policial faz patrulhamento em Tegucigalpa, Honduras. Em 11 de janeiro de 2019, a Suprema Corte hondurenha condenou o jornalista David Romero Ellner a 10 anos de prisão por acusações criminais de difamação. (Reuters/Jorge Cabrera)

Tribunal de Honduras mantém sentença de 10 anos de prisão por difamação

Nova York, 15 de janeiro de 2019 – O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou hoje a decisão da Suprema Corte Hondurenha de manter a sentença de 2016 do jornalista David Romero Ellner a 10 anos de prisão por acusações de difamação sob alei penal.

“É um absurdo que David Romero Ellner enfrente uma década de prisão simplesmente por suas reportagens”, disse Natalie Southwick, coordenadora do programa do CPJ para as Américas do Sul e Central. “Em vez de punir os repórteres por fazerem seu trabalho, o governo hondurenho deve tomar medidas para se juntar ao crescente movimento internacional para abolir as leis penais de difamação e parar de encarcerar os jornalistas quando há soluções civis disponíveis.”

Em 11 de janeiro, a Suprema Corte, por unanimidade, confirmou a sentença de um tribunal inferior que o condenou por acusações de que ele difamou a ex-promotora Sonia Inez Gálvez Ferrari em seu trabalho jornalístico, de acordo com as informações da imprensa.

O trabalho jornalístico de Romero frequentemente alegava corrupção na administração do presidente Juan Orlando Hernández. Em 2015, ele informou sobre a suposta corrupção na administração de seguridade social do país, incluindo o uso de fundos do sistema para financiar a campanha presidencial de 2013 de Hernández.

Ele provavelmente será preso dentro de uma semana após a sentença, de acordo com as informações da imprensa.