Nova York, 20 de maio de 2011 – Wilfred Iván Ojeda, colunista de jornal e político venezuelano, foi morto a tiros na terça-feira na cidade de La Victoria, estado de Aragua, segundo as informações da imprensa. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) instou as autoridades a realizar uma investigação completa e a processar todos os responsáveis.
Ojeda, de 56 anos, colunista político do jornal El Clarín e um conhecido ativista do partido de oposição Ação Democrática, foi encontrado morto na manhã de terça-feira, segundo o noticiado pela imprensa. Seu corpo foi descoberto em um terreno baldio, baleado na cabeça, amordaçado, encapuzado e com suas mãos atadas, segundo investigadores venezuelanos. As colunas de Ojeda focavam a política local e não eram consideradas demasiadamente críticas, segundo repórteres locais.
O veículo do colunista foi encontrado a 24 quilômetros de distância da cena do crime. O jornal El Nacional divulgou que Ojeda estava conduzindo seu veículo na tarde de segunda-feira quando foi interceptado por agressores não identificados. Seus pertences não foram roubados, informou a polícia.
Os promotores venezuelanos estão investigando o caso e não descartaram nenhuma hipótese, inclusive seu trabalho jornalístico, segundo informou a imprensa local.
“Instamos as autoridades venezuelanas a investigar minuciosamente o brutal assassinato do colunista Wilfred Ojeda, estabelecer se ocorreu em represália por seu trabalho e a processar todos os responsáveis”, afirmou Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do CPJ.
A base de dados do CPJ mostra que, embora a violência letal não seja comum na Venezuela, três jornalistas foram mortos por seu trabalho desde 2002: Orel Sambrano, Jorge Aguirre e Jorge Ibraín Tortoza Cruz. Os motivos dos assassinatos de três outros repórteres, Pierre Found Gerges, Jesús Rafael Flores Rojas e Mauro Marcano, ainda não foram esclarecidos e o CPJ continua monitorando as investigações.