Nova York, 30 de dezembro de 2010 – O repórter e apresentador hondurenho Henry Suazo foi assassinado a tiros na manhã de terça-feira quando saía de sua casa em La Masica, uma cidade do departamento [estado] de Atlántida, segundo informações da imprensa. Hoje, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) instou as autoridades hondurenhas a realizar rapidamente uma investigação completa sobre o homicídio de Suazo.
Dois indivíduos armados não identificados atiraram várias vezes contra Suazo, correspondente da emissora de rádio HRN de Tegucigalpa e apresentador de um noticiário na Cablevisión del Atlántico, antes de fugirem em uma bicicleta, informou o jornal El Heraldo de Tegucigalpa. Investigadores da capital provincial de La Ceiba foram designados para o caso.
Suazo cobria noticiário geral nas cidades de San Juan Pueblo e La Masica. O El Heraldo informou que Suazo havia recebido ameaças no passado. O CPJ está investigando as circunstâncias do caso para determinar se o crime está relacionado ao seu trabalho jornalístico. Outros oito jornalistas hondurenhos foram assassinados desde março de 2010, ao menos três deles em represália pelo desempenho profissional, segundo a pesquisa do CPJ.
Em julho, um informe especial do CPJ apurou que o trabalho dos investigadores hondurenhos foi inconsistente e negligente. Funcionários do governo tentaram minimizar os crimes e depreciar a importância do clima de impunidade vivido no país, segundo um artigo do coordenador sênior do programa das Américas do CPJ, Carlos Lauría, publicado em agosto no Blog do CPJ.
“O CPJ insta as autoridades hondurenhas a investigar imediatamente o assassinato de Suazo e a processar todos os responsáveis”, declarou Lauría. “O fracasso dos investigadores em resolver estes casos durante o ano sugere que os funcionários são indiferentes ou incompetentes. E isto está tendo um impacto devastador na capacidade dos jornalistas de informar ao público”.