A imprensa hondurenha continuou sofrendo as violentas consequências do golpe de 2009, que derrubou Manuel Zelaya. Quatro jornalistas de rádio e televisão foram assassinados em 2011 em circunstâncias obscuras. O CPJ está investigando os crimes para determinar se houve relação entre as mortes e a profissão das vítimas. Um clima generalizado de violência e impunidade fez do país um dos mais perigosos da região. A postura do governo sobre os assassinatos de jornalistas piorou a situação. As autoridades minimizaram os crimes e têm se mostrados lentas e negligentes na perseguição aos culpados. Nenhum progresso foi relatado na solução dos assassinatos de três jornalistas mortos em represália direta por seu trabalho em 2010, como revela a pesquisa do CPJ. A Comissão de Verdade e Reconciliação, composta por representantes hondurenhos e internacionais, apresentou seu aguardado relatório sobre a derrubada de Zelaya liderada pelo Exército. A comissão qualificou a tomada do poder em 2009 como um golpe de Estado–uma decisão que causou polêmica em alguns setores hondurenhos–mas também acusou Zelaya de inadequadamente ignorar a decisão da Corte Suprema de Justiça sobre os limites de seu mandato presidencial. O relatório constatou várias violações sérias à liberdade de imprensa durante o golpe de Estado, incluindo a tortura de jornalistas e a ocupações de instalações de meios de comunicação.

Honduras

Principais Acontecimentos

» A violência e a impunidade pós-golpe causaram danos à liberdade de imprensa que permanecem até hoje.

» A Comissão de Verdade e Reconciliação apurou significativos ataques contra a imprensa durante o golpe de 2009.

A imprensa hondurenha continuou sofrendo as violentas consequências do golpe de 2009, que derrubou Manuel Zelaya. Quatro jornalistas de rádio e televisão foram assassinados em 2011 em circunstâncias obscuras. O CPJ está investigando os crimes para determinar se houve relação entre as mortes e a profissão das vítimas. Um clima generalizado de violência e impunidade fez do país um dos mais perigosos da região. A postura do governo sobre os assassinatos de jornalistas piorou a situação. As autoridades minimizaram os crimes e têm se mostrados lentas e negligentes na perseguição aos culpados. Nenhum progresso foi relatado na solução dos assassinatos de três jornalistas mortos em represália direta por seu trabalho em 2010, como revela a pesquisa do CPJ. A Comissão de Verdade e Reconciliação, composta por representantes hondurenhos e internacionais, apresentou seu aguardado relatório sobre a derrubada de Zelaya liderada pelo Exército. A comissão qualificou a tomada do poder em 2009 como um golpe de Estado–uma decisão que causou polêmica em alguns setores hondurenhos–mas também acusou Zelaya de inadequadamente ignorar a decisão da Corte Suprema de Justiça sobre os limites de seu mandato presidencial. O relatório constatou várias violações sérias à liberdade de imprensa durante o golpe de Estado, incluindo a tortura de jornalistas e a ocupações de instalações de meios de comunicação.



  • 7

    Ataques policiais, 2011
  • 7

    Ataques, 2011
  • 3

    Estações de rádio perseguidas
  • 12

    Ataques sérios, golpe de 2009
  • 5

    Homicídios, motivos confirmados, desde 1992
 

Jornalistas que cobriam uma tumultuada greve nacional de professores sofreram assédio, detenção e ataques violentos por parte da polícia durante um período de duas semanas, entre março e abril, revelou a pesquisa do CPJ.

Análise do assédio:
1: Jornalista detido.
1: Jornalista atingido de raspão por uma bala.
3: Jornalistas feridos por bombas de gás lacrimogêneo ou balas de borracha.
2: Jornalistas cujos veículos foram alvo de bombas de gás lacrimogêneo.

 

As investigações do CPJ mostram que o gerente-geral do La Tribuna, Manuel Acosta Medina, o diretor-geral da emissora Voz de Zacate, Franklin Meléndez, e o diretor da Rádio Uno, Arnulfo Aguilar, foram alvo de ataques armados. Além disso, quatro jornalistas foram assassinados em circunstâncias não esclarecidas.

As vítimas de homicídio foram o jornalista de televisão Héctor Francisco Medina Polanco, o proprietário de meios de comunicação Luis Ernesto Mendoza Cerrato, e os jornalistas de rádio Nery Geremias Orellana e Luz Marina Paz Villalobos.


Análise dos ataques:

1

Tentativa de invasão da casa de um jornalista por homens armados

2

Tiroteios contra jornalistas

4

Assassinatos, motivos não confirmados

 

Pelo menos três estações de rádio comunitárias que transmitiam noticiário crítico enfrentaram assédio em janeiro de 2011, de acordo com as investigações do CPJ. As rádios comunitárias têm sido vulneráveis a ameaças e perseguições nos últimos anos.

Análise da perseguição:
La Voz Lenca e Guarajambala: A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da OEA afirmou que um contratado do governo cortou a eletricidade destas duas emissoras de rádio, provavelmente em represália pelo conteúdo crítico que transmitiam.
Faluma Bimetu: Esta estação decidiu sair do ar por 12 dias depois de enfrentar o assédio das autoridades locais após questionar sua liderança. A estação havia criticado projetos locais de desenvolvimento territorial.

 

Um relatório de julho de 2011 elaborado pela Comissão de Verdade e Reconciliação, apoiada pelo governo, concluiu que os militares cometeram sérias violações à liberdade de expressão.


Segundo o relatório:

5

Ocupações militares de instalações de meios de comunicação.

2

Jornalistas torturados.

5

Organizações de mídia submetidas a perseguições, ameaças e ataques.

 

As pesquisas do CPJ demonstram que pelo menos cinco jornalistas foram assassinados em represália direta por seu trabalho desde 1992. Treze outros foram mortos em circunstâncias ainda não esclarecidas. O CPJ continua investigando.


Análise mais detalhada sobre casos de jornalistas assassinados em Honduras:

80%

Cometidos com total impunidade.

60%

Das vítimas foram ameaçadas anteriormente.

60%

Das vítimas trabalhavam na televisão.

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